EMPREGOS DO FUTURO

“ O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente” Mahatma Gandhi

Em visita ao Brasil, O norueguês Erick Solheim, ele que foi um dos arquitetos do Fundo Amazônia, chefiou o comitê de assistência ao desenvolvimento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e agora está um cruzada mundial no combate à poluição, deu entrevista ao Valor Econômico, onde comenta sobre os empregos do futuro. Aqui trechos da entrevista:

Valor: O que o senhor pensa da decisão “Energy Independence” tomada por Donald Trump ontem?
Erik Solheim: Esta não é a hora para nenhum país mudar de rota diante das ameaças muito sérias e muito reais da mudança do clima. A ciência nos diz que precisamos de ações mais ambiciosas e fortes. Se o que queremos são energias limpas e confiáveis, crescimento econômico e mais e melhores empregos, então a resposta está em um futuro de baixo carbono energizado com renováveis. Quando se discute carvão temos que olhar para os números. As oportunidades de emprego no setor de energia solar crescem 12 vezes mais rápido que o resto da economia dos EUA. Eram 300 mil empregos em 2015 e chegaram a 374 mil em 2016, ultrapassando os da extração de petróleo e gás [187 mil] ou carvão [68 mil]. Solar também gera mais empregos por dólar investido – mais que o dobro do que os empregos criados pelos investimentos em fósseis. Então, se criar empregos é prioridade, energias renováveis fazem todo sentido. E também tem que se considerar o setor privado e dos Estados. Mais de 24 Estados nos EUA estão fazendo esforços para reduzir as emissões.

Valor: Mas os movimentos do governo Trump até agora são de privilegiar os combustíveis fósseis.
Solheim: Ninguém, nem mesmo a pessoa mais poderosa do mundo, pode parar as marés da História. Todos podem ver qual é a direção: é a economia verde e as energias renováveis. Todos vemos os avanços da tecnologia, e muitas das tecnologias que estão fazendo a virada verde vêm dos Estados Unidos. Isso não pode ser detido por um decreto político. E mesmo que pudesse, a China, o Brasil, a Europa seguiriam adiante, o que seria uma grande ameaça para os próprios EUA. Porque vão perder um grande volume de empregos que irá acontecer em outras partes do mundo. Se você encontrar um investidor que pense que o futuro dos EUA está mais nas minas de carvão da Virginia Ocidental do que na enorme mudança tecnológica que ocorre na Califórnia, me diga onde o encontrou.


Solheim: "Se o que queremos é crescimento econômico e mais e melhores empregos, então a resposta está em um futuro de baixo carbono"




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